Máquina zero - Jarhead
"Não me façam guerreiro eu nunca fui audaz
Sou um gajo porreiro só quero viver em paz
"Eu não quero ir á máquina zero
Título Original: "Jarhead" (EUA, 2005)
Sou um gajo porreiro só quero viver em paz
"Eu não quero ir á máquina zero
Eu não quero ir à máquina zero
Carlos Tê e Rui Veloso
Quem não se lembra do refrão da cantiga de Rui Veloso? O soldado português, porreiro e bom rapaz que não queria ir à máquina zero? Uma grande maioria dos jovens recrutas são assim, alheios à recruta, à política e à guerra. São simplesmente postos ali de arma na mão a representar um papel que não querem. Porém, levados nas paixões da juventude há outros que assim não são. É o que nos mostra o filme de Sam Mendes: um grupo de jovens que se alista voluntariamente no exército e quer ir à tropa, mas sem que saibam muito bem para onde vão e por que vão.
O filme é baseado em factos verídicos vividos na primeira pessoa, relatados por Anthony Swofford no livro “Jarhead : A Marine's Chronicle of the Gulf War and Other Battles”. Acompanha um grupo de Marines americanos desde a recruta ao final da Primeira Guerra do Iraque.
Na recruta são treinados para atirar em tudo o que mexa, põem de parte o “não matarás” e são incitados a um “mata antes que seja tarde”. Aí, é-lhes estimulada uma disposição de guerra, um estado de alerta constante, uma euforia combativa à altura da Cavalgada das Valquírias. Embebidos nesta energia de recruta são abruptamente postos no cenário de guerra. No calor do deserto da Arábia Saudita esperam entendiados pelo início da guerra durante mais de três meses. Instala-se um estado − senão de loucura, pelo menos de − quase loucura. Aí já não se pode dizer que quisessem ir à máquina zero.
Iniciada a guerra, empenhados em combatê-la não lhes será dado mais do que um lugar de espectadores em condições adversas. Vêem os destroços causados pela aviação, vêem os corpos carbonizados dos utentes da auto-estrada para Bagdad, mas o inimigo só o chegam a ver dois soldados pela mira de uma arma que não puderam disparar.
Saem da guerra sem a terem realmente combatido, com um sentido de incompletude que os faz ficar com a cabeça para sempre ali, no deserto da Arábia.
O filme deixa ver a loucura, o absurdo e as dificuldades psicológicas destes rapazes que até queriam ir à máquina zero.
Carlos Tê e Rui Veloso
Quem não se lembra do refrão da cantiga de Rui Veloso? O soldado português, porreiro e bom rapaz que não queria ir à máquina zero? Uma grande maioria dos jovens recrutas são assim, alheios à recruta, à política e à guerra. São simplesmente postos ali de arma na mão a representar um papel que não querem. Porém, levados nas paixões da juventude há outros que assim não são. É o que nos mostra o filme de Sam Mendes: um grupo de jovens que se alista voluntariamente no exército e quer ir à tropa, mas sem que saibam muito bem para onde vão e por que vão.
O filme é baseado em factos verídicos vividos na primeira pessoa, relatados por Anthony Swofford no livro “Jarhead : A Marine's Chronicle of the Gulf War and Other Battles”. Acompanha um grupo de Marines americanos desde a recruta ao final da Primeira Guerra do Iraque.
Na recruta são treinados para atirar em tudo o que mexa, põem de parte o “não matarás” e são incitados a um “mata antes que seja tarde”. Aí, é-lhes estimulada uma disposição de guerra, um estado de alerta constante, uma euforia combativa à altura da Cavalgada das Valquírias. Embebidos nesta energia de recruta são abruptamente postos no cenário de guerra. No calor do deserto da Arábia Saudita esperam entendiados pelo início da guerra durante mais de três meses. Instala-se um estado − senão de loucura, pelo menos de − quase loucura. Aí já não se pode dizer que quisessem ir à máquina zero.
Iniciada a guerra, empenhados em combatê-la não lhes será dado mais do que um lugar de espectadores em condições adversas. Vêem os destroços causados pela aviação, vêem os corpos carbonizados dos utentes da auto-estrada para Bagdad, mas o inimigo só o chegam a ver dois soldados pela mira de uma arma que não puderam disparar.
Saem da guerra sem a terem realmente combatido, com um sentido de incompletude que os faz ficar com a cabeça para sempre ali, no deserto da Arábia.
O filme deixa ver a loucura, o absurdo e as dificuldades psicológicas destes rapazes que até queriam ir à máquina zero.
Título Original: "Jarhead" (EUA, 2005)
Realização: Sam Mendes
Intérpretes: Jake Gyllenhaal, Peter Sarsgaard, Jamie Foxx, Chris Cooper
Argumento: William Broyles Jr. baseado na autobiografia de Anthony Swofford
Fotografia: Roger Deakins
Música: Thomas Newmann
Género: Drama, Guerra
Duração: 123 min.
Sítio Oficial: http://www.jarheadmovie.com/
Ver também:
www.antestreia.blogspot.com
www.cinecartaz.publico.clix.pt
Ver também:
www.antestreia.blogspot.com
www.cinecartaz.publico.clix.pt
4 Comentários:
Ainda não vi o filme porque, geralmente, evito qualquer género de filme alusivo à temática infeliz da guerra. Não por uma facilmente conotada fragilidade feminina mas simplesmente porque a realidade do próprio dia-a-dia, em todo o mundo, que nos chega de todas as formas sempre possíveis, via informação, já são simplesmente saturantes em termos de desgraças humanas. Porém, pela descrição que foi feita do filme a situação mais chocante é, pelos vistos, o próprio conflito interior gerado por expectativas e consequente estado quase de insanidade. O que não se vê não toca! Há quem diga isso. Aparentemente é uma situação de violência mais fácil de assistir pois é emotiva. Conto ir ver esse filme. Faz-me lembrar, pelo que se vê anunciado na tv, Os TrÊS REIS, pelo menos em técnica de filmagem. A história deste último sendo um filme de guerra foi um filme de aprendizagens interiores para as personagens.
Não querendo dizer com o que escrevi atrás que o que é emotivo é mais fácil de "digerir"! Pelo contrário. Mas numa situação de imagem, frente a frente, num filme, a mim assim me parece. Fiquei curiosa com o filme.
Se não estou em erro, no "Três Reis" os soldados acabam por ter actos de alguma heroicidade. Aceitam perder ouro para ajudar um grupo de inocentes a atravessar a fronteira. Neste filme o que mais me espanta, ou o que mais me incomoda, é que - apesar dos actos mínimos de decência ou civismo de alguns soldados - possa haver alguém que depois de ter ido a uma guerra se sinta frustrado por não ter morto nenhum inimigo, que fique com o espírito no campo de guerra por não ter eliminado ninguém.
já vi o filme e penso k está espectacular... só encontrei um defeito - o final não teve o impacto k o filme merecia. acho k conciliaram drama com pequenos momentos de comédia... nunca pensei k isso fosse possível.
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