terça-feira, maio 23, 2006

Freedomland: melhor filme do ano


Freedomland resulta de um cruzamento bem sucedido de temas como o desaparecimento de crianças, a recuperação da credibilidade por uma ex-toxicodependente, a relação de um pai polícia e ausente com um filho criminoso, a infidelidade conjugal e o racismo, as ruínas de um orfanato americano onde milhares de crianças foram abominavelmente mal tratadas e desrespeitadas nos seus direitos humanos.
No meu entender Julianne Moore merece finalmente ganhar um Óscar, ainda que possam surgir melhores actuações até lá. Edie Falco tem também uma excelente interpretação. Paulo Portas, no Estado da Arte, comparou o filme a Crash e antevê que venha a ter uma evolução parecida. De início será pouco considerado, posteriormente atingirá notoriedade.
O filme trata os temas com grande virtuosismo. Por muito que custe vê-lo, é difícil não ficar a perceber melhor o que se passa com alguém que perde um filho, a importância que um filho pode ter para alguém quando procura recuperar um lugar no seu meio familiar e social, o que se passa com um pai que sendo polícia tem um filho criminoso.
Apesar da minha opinião, já houve quem considerasse tratar-se de lixo cinematográfico, quem o indicasse mesmo para pior filme do ano. Duvido sinceramente que o seja. Mas o leitor poderá julgar por si mesmo.