sábado, junho 24, 2006

Redacção, o fio condutor e as alternativas

Um dos principais problemas na redacção de textos filosóficos é a criação dos contextos para determinadas ideias de um fio condutor que devem aparecer. Para poder ser desenvolvido o discurso filosófico não pode tropeçar em todas as questões e especulações possíveis a que cada enunciado pode ser sujeito. Isso levaria a uma completa dispersão do pensamento. Ele tem de tomar decisões a respeito do seu próprio caminho, de onde quer chegar e por onde quer passar. Caso tais decisões não sejam feitas, o pensamento será demasiado pueril, incapaz de chegar à consideração do que quer que seja. Um texto filosófico não pode seguir todos os percursos possíveis. De entre os possíveis há que decidir de cada vez por aquele que se afigura como sendo o melhor. Outros tempos virão para os percursos alternativos.
Em que será tudo isto semelhante ou diferente da redacção de qualquer outro tipo de texto?