O sistema-mundo do cinema II
A conferência de Augusto M. Seabra consistiu numa análise histórica da constituição do “sistema-mundo” do cinema na actualidade.
O sistema constitui-se pela relação entre um centro e uma periferia. No centro encontra-se o cinema de Hollywood, na periferia o cinema do resto do mundo. Não significa isto que o cinema do resto do mundo não seja importante. Muito pelo contrário. Os filmes feitos no resto do mundo são frequentemente fonte de inspiração do cinema norte-americano.
O cinema americano construiu à sua volta uma indústria, um sistema de produção e um mercado de distribuição de produtos. Ora a indústria faz, regra geral, produtos uniformizados. O cinema não foi uma excepção. Hollywood estabeleceu padrões de género, personagens-tipo e ainda a própria duração média de um filme. Motivo pelo qual resistiríamos actualmente a ver filmes de trinta minutos ou seis horas.
De certo modo é contraditório o modo como os Estados Unidos lidam com a indústria do cinema. Exportam os seus filmes em máxima conformidade com os princípios liberais. Porém, têm dificuldades na importação de filmes estrangeiros. Motivo pelo qual acabam por fazer remakes de produções da periferia.
A globalização está a modificar este sistema. Agusto M. Seabra acredita mesmo que, com cada vez maior frequência, vão começar a surgir OFNI’s, "Objectos Fílmicos Não Identificados". O fluxo de circulação de filmes oriundos das periferias poderá trazer muitas novidades e, sobretudo, muitos factores de desconfinamento de perspectiva. Significa isto que os padrões de Hollywood podem vir a entrar em confronto com novos padrões, espaços, tempos, narrativas e personagens-tipo. O que, a verificar-se, será certamente um motivo de alegria.
O sistema constitui-se pela relação entre um centro e uma periferia. No centro encontra-se o cinema de Hollywood, na periferia o cinema do resto do mundo. Não significa isto que o cinema do resto do mundo não seja importante. Muito pelo contrário. Os filmes feitos no resto do mundo são frequentemente fonte de inspiração do cinema norte-americano.
O cinema americano construiu à sua volta uma indústria, um sistema de produção e um mercado de distribuição de produtos. Ora a indústria faz, regra geral, produtos uniformizados. O cinema não foi uma excepção. Hollywood estabeleceu padrões de género, personagens-tipo e ainda a própria duração média de um filme. Motivo pelo qual resistiríamos actualmente a ver filmes de trinta minutos ou seis horas.
De certo modo é contraditório o modo como os Estados Unidos lidam com a indústria do cinema. Exportam os seus filmes em máxima conformidade com os princípios liberais. Porém, têm dificuldades na importação de filmes estrangeiros. Motivo pelo qual acabam por fazer remakes de produções da periferia.
A globalização está a modificar este sistema. Agusto M. Seabra acredita mesmo que, com cada vez maior frequência, vão começar a surgir OFNI’s, "Objectos Fílmicos Não Identificados". O fluxo de circulação de filmes oriundos das periferias poderá trazer muitas novidades e, sobretudo, muitos factores de desconfinamento de perspectiva. Significa isto que os padrões de Hollywood podem vir a entrar em confronto com novos padrões, espaços, tempos, narrativas e personagens-tipo. O que, a verificar-se, será certamente um motivo de alegria.
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