Os filmes como indicação do real
Até aqui têm sido apresentadas “lentes”, isto é, têm sido feitas referências a textos que podem ajudar a pôr a descoberto ou a sublinhar determinados aspectos de um filme. Mas, parece sobretudo importante proceder ao efeito inverso. Um filme pode ser tido ele próprio como uma lente para o real, ele próprio como uma forma de narrar ou descrever acontecimentos, personalidades e fenómenos psicológicos do quotidiano. Nesse sentido um filme pode constituir, assim como um texto filosófico, fenomenológico ou científico, numa aquisição e ampliação de lucidez sobre as coisas.
Nas aulas de filosofia, e não apenas nas de ética, é possível recorrer ao filme e ao vídeo para encontrar nele a indicação de um determinado tipo de experiência. Experiência essa que, depois de presentificada aos alunos e identificada, pode servir de ponto de partida para o trabalho de circunscrição e caracterização de fenómenos de estudo da filosofia. De algum modo a narrativa corresponde à cristalização de uma experiência que pode legitimamente constituir-se em objecto de estudo.
Por exemplo, o filme Capote pode ser uma excelente referência para estudar textos como os de Pascal e de Matias Aires, mas sobretudo para estudar o fenómeno psicológico da inclinação ao reconhecimento alheio.
Nas aulas de filosofia, e não apenas nas de ética, é possível recorrer ao filme e ao vídeo para encontrar nele a indicação de um determinado tipo de experiência. Experiência essa que, depois de presentificada aos alunos e identificada, pode servir de ponto de partida para o trabalho de circunscrição e caracterização de fenómenos de estudo da filosofia. De algum modo a narrativa corresponde à cristalização de uma experiência que pode legitimamente constituir-se em objecto de estudo.
Por exemplo, o filme Capote pode ser uma excelente referência para estudar textos como os de Pascal e de Matias Aires, mas sobretudo para estudar o fenómeno psicológico da inclinação ao reconhecimento alheio.
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