Sinta tudo numa só pastilha
“… eu não sou um psicólogo, mas poderia ser – disse o senhor Henri.
“… se de cada vez que bebi um copo de absinto nesta capela, tivesse perscrutado a paixão de uma alma atribulada num consultório, a esta altura já saberia tudo sobre o desassossego.
“… o problema é que há mais emoções do que cerejas, e se eu aprendo tudo sobre o desassossego, perco o tempo necessário para estudar o desamoródioconsolante, que na verdade nem existe.
“… o melhor era reunir todos os manuais de psicologia e todas as obras literárias numa biblioteca. Tirar as folhas das encadernações. Atirá-las a um lago. Dissolvê-las numa tigela gigante de absinto. Deixar que todas se misturassem homogeneamente. Recolher uma amostra num tubo de ensaio. Fazer a síntese e reduzir tudo a uma só pastilha. Reproduzir essa pastilha e distribuí-la por todas as farmácias, supermercados e quiosques. Deixar que todos sentissem todas as emoções, sem esforço e numa só hora.
“… depois de sentirmos todas as emoções distractivas possíveis, poderíamos então concentrar-nos a fazer aquilo para que os deuses nos criaram. Beberíamos copos de absinto de manhã à noite!
Paráfrase a Gonçalo M. Tavares… em resposta à Susana : )
Foto: Esta foto reporta-se ao momento futuro-histórico da Tomada da Pastilha. Aquando do evento não estará lá nenhum fotógrafo Anónimo. De acordo com os estudos críticos, pensa-se que esta fotografia vá ser tirada não por um Anónimo, como é costume, mas sim por um Antónimo. Porém, as investigações produzidas sobre esta matéria ainda se afiguram problemáticas para a maioria dos intelectuais que se debruçaram sobre a temática.
“… se de cada vez que bebi um copo de absinto nesta capela, tivesse perscrutado a paixão de uma alma atribulada num consultório, a esta altura já saberia tudo sobre o desassossego.
“… o problema é que há mais emoções do que cerejas, e se eu aprendo tudo sobre o desassossego, perco o tempo necessário para estudar o desamoródioconsolante, que na verdade nem existe.
“… o melhor era reunir todos os manuais de psicologia e todas as obras literárias numa biblioteca. Tirar as folhas das encadernações. Atirá-las a um lago. Dissolvê-las numa tigela gigante de absinto. Deixar que todas se misturassem homogeneamente. Recolher uma amostra num tubo de ensaio. Fazer a síntese e reduzir tudo a uma só pastilha. Reproduzir essa pastilha e distribuí-la por todas as farmácias, supermercados e quiosques. Deixar que todos sentissem todas as emoções, sem esforço e numa só hora.
“… depois de sentirmos todas as emoções distractivas possíveis, poderíamos então concentrar-nos a fazer aquilo para que os deuses nos criaram. Beberíamos copos de absinto de manhã à noite!
Paráfrase a Gonçalo M. Tavares… em resposta à Susana : )
Foto: Esta foto reporta-se ao momento futuro-histórico da Tomada da Pastilha. Aquando do evento não estará lá nenhum fotógrafo Anónimo. De acordo com os estudos críticos, pensa-se que esta fotografia vá ser tirada não por um Anónimo, como é costume, mas sim por um Antónimo. Porém, as investigações produzidas sobre esta matéria ainda se afiguram problemáticas para a maioria dos intelectuais que se debruçaram sobre a temática.
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Principal