− Civilidade meu senhor, CIVILIDADE!
Num centro comercial, a duas mesas de mim, estava sentado um casal. Ela comia qualquer coisa. Ele bebia um refrigerante com a cabeça dentro do capucho. De costas voltadas para mim não lhe via o rosto.
O segurança aproximou-se e repreendeu-o civilizadamente por ter o capucho na cabeça. Atenciosamente o encapuchado baixou o capucho. Mergulhado no orgulho que a autoridade lhe dava, o segurança iniciou um sermão. Continuou. Já a coisa ia longa, o desencapuchado subiu o capucho.
Espantado primeiro, indignado depois, chamou reforços por rádio. Persistiu. O capucho tinha de sair! Chegou o segundo segurança. Travaram-se razões enquanto o encapuchado se mantinha de sobreaviso. O segundo segurança levou o primeiro. O primeiro estava nervoso, visivelmente indignado, mas não tinha como não resignar-se. Desistiu. O capucho continuou. O persistente encapuchado ganhou!
Não será isto insólito? Absurdo? Será que o segurança tinha mesmo razão e deve ser proibido usar capucho nestas circunstâncias? Estaria o segurança a defender séculos de civilização ou apenas mal-humorado? Beber um refrigerante de capucho na cabeça traz algum mal ao mundo?
E o que é que acontece a estas perguntas se vos disser que o encapuchado era de origem africana? Que inicialmente talvez só tivesse o capucho na cabeça porque sim? Sem qualquer vontade de ofender quem quer que fosse?
Nota bem: isto aconteceu hoje em frente à Loja das Sopas no Centro Comercial Vasco da Gama em Lisboa.
O segurança aproximou-se e repreendeu-o civilizadamente por ter o capucho na cabeça. Atenciosamente o encapuchado baixou o capucho. Mergulhado no orgulho que a autoridade lhe dava, o segurança iniciou um sermão. Continuou. Já a coisa ia longa, o desencapuchado subiu o capucho.
Espantado primeiro, indignado depois, chamou reforços por rádio. Persistiu. O capucho tinha de sair! Chegou o segundo segurança. Travaram-se razões enquanto o encapuchado se mantinha de sobreaviso. O segundo segurança levou o primeiro. O primeiro estava nervoso, visivelmente indignado, mas não tinha como não resignar-se. Desistiu. O capucho continuou. O persistente encapuchado ganhou!
Não será isto insólito? Absurdo? Será que o segurança tinha mesmo razão e deve ser proibido usar capucho nestas circunstâncias? Estaria o segurança a defender séculos de civilização ou apenas mal-humorado? Beber um refrigerante de capucho na cabeça traz algum mal ao mundo?
E o que é que acontece a estas perguntas se vos disser que o encapuchado era de origem africana? Que inicialmente talvez só tivesse o capucho na cabeça porque sim? Sem qualquer vontade de ofender quem quer que fosse?
Nota bem: isto aconteceu hoje em frente à Loja das Sopas no Centro Comercial Vasco da Gama em Lisboa.
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